Eventos Março 2011

Pequeno Almoço Ascari (Porto)
Dia 5

O próximo Pequeno Almoço da Ascari tem lugar no dia 5 sendo subordinado aos ingleses British Leyland e BMC. Do programa consta, além dos tradicionais bolinhos e café oferecidos pela organização, a projecção e filmes, exposição de clássicos British Leyland.

2ª Expo Automóvel e Moto Clássico de Coimbra
Dias 5 e 6

Realiza-se no dias 5 e 6 a 2ª Expo Automóvel e Moto Clássico em Coimbra que, à semelhança da primeira edição, decorre nos pisos 6, 5 e 4 do Centro Comercial Dolce Vita, junto ao Estádio Cidade de Coimbra (Praça Heróis do Ultramar). O certame fica aberto ao público entre as 10h00 e as 22h00 no primeiro dia e entre as 10h00 e as 19h00 no segundo. Paralelamente realiza-se, na Rua em frente ao Liceu D. Maria o 1º Revival de Pilotos do Distrito de Coimbra.
Contactos: 936280115; 964290275
Classicpark6@gmail.com
www.mondego.com

VIII Automobilia Ibérica da Moita
Dias 19 e 20

 O Pavilhão Municipal de Exposições da Moita recebe nos dias 19 e 20 de Março mais uma edição da feira de peças e veículos antigos e clássicos. O certame está aberto ao público entre as 10h00 e as 22h00 no primeiro dia (19) e entre as 10h00 e as 20h00 no último dia (20).
Contactos: 934450863; 934365519
geral@hacets.pt
http://automobilia.hacets.pt

 5º Encontro ADAVC – Clássicos
Dia 20

Realiza-se no dia 20 o 5º Encontro ADAVC – Clássicos em Vila do Conde. A concentração tem lugar na Av. Júlio Graça pelas 10h00 seguida de almoço livre pelas 12h30. Às 15h00 os parcipantes reúnem-se para um desfile pelas ruas da cidade. 

5º Rally Internacional de Clássicos Desportivos
Hospedarias de Aragon (Espanha)
Dia 31

Organizado pela Associacion Aragoneza de Clássicos Desportivos realiza-se de 31 de Março a 3 de Abril o 5º Rally Internacional de Clássicos Desportivos com partida de Zaragoza (Espanha) passando por Motorland – Monasterio de Rueda – Monasterio de San Juan de la Peña – Walga – Zaragoza.

II Salón Internacional Vehículo Clássico de Madrid

O «Recinto Ferial Casa do Campo», em Madrid (Espanha), recebeu, no seu Pavilhão de Cristal o II Salón Internacional Vehículo Clássico proporcionando um fim-de-semana em cheio aos aficionados da modalidade.

Com uma presença muito grande do sector das duas rodas, em especial as marcas espanholas, não faltavam bons exemplares de quatro rodas embora o certame não tivesse um tema em destaque. Mesmo assim, a presença da marca espanhola Seat foi bastante forte, com alguns belos exemplares clássicos preparados para as corridas, assim como da Jaguar (o Tipo E comemora este ano o seu 50º aniversário), embora misturados com outras marcas.

Numa organização da ERMEvents, o salão contou com actividades paralelas, designadamente encontros de clubes – com uma forte presença do Renault “Joaninha” como é conhecido em Portugal ou o “tudo atrás” como também era designado noutros países, especialmente em França seu país de origem; provas desportivas e a apresentação de algumas novidades no sector automóveis.

O vasto recinto, constituído por três andares, estava cheio quer de expositores quer de visitantes, estes últimos em muito maior número que na edição do ano passado onde se notava a presença de muitos estrangeiros, designadamente de portugueses, uma língua que se ouvia com frequência à nossa volta.

Material diverso para restauro e acessórios múltiplos não faltavam nas bancas dos expositores onde as chamadas “peças de vitrina”, ou seja aqueles objectos que já não são utilizados actualmente como seja um medidor da pressão dos pneus ou da carga da bateria, faziam os encantos dos coleccionadores.

De salientar também o elevado número de bancas de venda de miniaturas e brinquedos antigos, alguns a preços de “espantar” qualquer um, como é exemplo disso a reprodução à escala de uma máquina de um comboio que custava a módica quantia de 3 mil euros ou uma caixa com um kit de montagem de uma miniatura automóvel (com três carroçarias diferentes) que estava à venda por mil e seiscentos euros.

Alguns micro carros, que têm andando um pouco desaparecidos destas andanças, marcavam presença assim como veículos dos anos 20, nomeadamente, uma camioneta de passageiros, atraiam a atenção dos visitantes. Uma banca com miniaturas de motos feitas à escala e de forma artesanal fez as delícias não só dos apaixonados pelas duas rodas mas da maior parte dos que por lá passavam que não resistiam em dar uma olhadela.

Uma segunda edição de um certame que primou pelo aumento de qualidade relativamente à do ano passado e que promete melhorias para o próximo ano, segundo referiu a organização ao «Oldcar’s Blog», de forma a proporcionar “um melhor acolhimento ao visitante assim como melhores condições para os expositores”. Lá estaremos em 2012.

 

 

As minhas bikes

A bicicleta foi um dos melhores, se não o melhor, meio de transporte que o Homem criou até hoje. Ecológico, não necessita de fontes específicas de energia (anda perfeitamente a broa. E se acrescentarmos um copito de tinto até voa…); não produz CO2; é barata (se não for topo de gama) e serve para todos, desde que haja força nas pernas…
Há poucos dias divulguei, nestas páginas, as minhas duas “pasteleiras”, a aquisição mais recente, de fabrico Sangal e marca Silver Cicles, da própria Sangal.

Outros exemplares fazem parte da minha colecção embora careçam de restauro, mas encontrando-se perfeitamente utilizáveis, menos uma. Trata-se de uma bicicleta da marca Kalkhoff que se dobra ao meio para um transporte mais fácil, de origem alemã, mas da qual não encontro qualquer informação. Quanto à pesquisa feita na Net, apenas fiquei a saber que a marca ainda existe e fabrica bicicletas topo de gama, de titânio, por exemplo.

A necessitar de intervenção está uma Triumph Twenty que veio parar às minhas mãos através de um amigo que a encontrou num caixote do lixo em Coimbra.

A Jacpro é uma bicicleta de origem tailandesa, dos anos 70 e sem grande interesse de coleccionismo, mas não deixa de ser interessante, até porque apresenta alguma qualidade de materiais.

Por fim uma Vilar Catita, de fabrico nacional, um modelo que fez os encantos da minha juventude nos início dos anos 70. Este exemplar encontra-se em muito bom estado e é um regalo passear nela pelas ruas da cidade. Também, dentro do mesmo estilo, uma Hercules, a necessitar de um belo restauro.

Também, dentro do mesmo estilo, esta “coisa”, lindissima, a necessitar de um belo restauro.

 

Sangal Silver Cicles – bicicletas de Sangalhos

Sangal foi uma marca de bicicletas que nasceu em Sangalhos, tal como o nome indica, uma vila bairradina onde o fabrico destes veículos desempenhou, em tempos idos, um importante papel na economia local. Silver Cicles é uma marca da Sangal que fabricava a “série” (quadro, forqueta, guiador, guarda-lamas e quadro da caixa, este último vulgarmente conhecido por protecção da corrente) vendendo esse material a diversas outras marcas que montavam as bicicletas e lhe punham – no topo do quadro e por debaixo do guiador – uma chapinha rebitada com a sua própria marca. Por cima dessa chapa encontra-se gravado no quadro a marca do fabricante da série: Sangal, habitualmente pintada a branco.

Os quadros fabricados pela Sangal tinham também pintada a designação “Silver Cicles” (além da frase “qualidade garantida”) independentemente da marca que depois lhe era dada pela empresa que procedia à montagem, como é o caso da “Miss”, uma marca que surge nos quadros da Sangal.

As “pasteleiras” que nos servem de exemplo têm o quadro Sangal mas com a curiosidade de a marca ser, igualmente, “Silver Cicles”, uma curiosidade que alguns coleccionadores com quem falei não me souberam explicar e como a Sangal já não existe será difícil saber mais pormenores.
São duas bicicletas muito confortáveis. Não sendo muito pesadas são de fácil manejo. Equipadas com aros 26 (3/8) a de homem dispõe de três mudanças no cubo da roda de trás que se accionam com uma pequena alavanca situada no lado esquerdo do guiador. Não lhe falta a capaínha nem o farol e o dínamo, estando a corrente completamente tapada pelo quadro da caixa o que protege o utilizador contra a possível sugidade provocada pelo óleo de lubrificação. Por outro lado impede também que as calças se prendam na corrente, como por vezes acontece, evitando assim acidentes e estragos na roupa. 

São duas as “pasteleiras” que aqui deixo, uma “masculina” e outra “feminina”, esta última mostrando um desgaste maior, o que prova uma maior utilização, onde a ferrugem já é bem visível. A de homem encontra-se em melhor estado talvez por ter tido menos utilização.

 

O Renault 5 do anúncio

Muitos dos que têm visto, na televisão, o anúncio do último Renault Clio por certo já repararam nas duas “relíquias” que nele participam: um Renault 4, azul, que entra numa garagem e sai “feita” Clio e um Renault 5, cor-de-laranja, que ao estacionar se transforma, também, num Clio. O R4 comemora este ano os seus 50 anos pelo que dela falaremos em pormenor mais adiante. Quanto ao Renault 5 vamos vê-lo agora.
O Renault 5 em causa é de 1972, ano em que foi lançada em França a primeira série de um carro que se salientou no mundo automóvel, não só pelo interesse que criou no seu utilizador do dia-a-dia por ser uma viatura “de pequeno porte”, mas também porque era económico e confortável, e pelo papel que foi desempenhando em provas desportivas, nomeadamente no Rally de Monte Carlo.

Trata-se de um exemplar raro não apenas em Portugal onde é único (não foram comercializados fora do país de origem, França), mas também em França a viatura é rara e, segundo foi possível apurar, apenas mais dois estão ainda em condições de circular, no país de origem.

O Renault 5 nasceu em 1972 com uma série que apresentava ainda algumas características do R4, designadamente a maneta das mudanças que em vez de ser vertical, saindo do chassis, apresentava a forma de um L deitado vindo directamente do tablier.
O Renault em causa é, pois, um modelo da primeira serie (1972), que apenas foi comercializada em França, e que faz, actualmente, parte da colecção do proprietário de uma oficina no Concelho de Ílhavo, a Videirauto, de Fernando Videira, também ele um “homem dos carros antigos”. Deu entrada no nosso País pela mão de um dos muitos portugueses que nas décadas de 60 e 70 emigraram para França e, com o avançar da idade do proprietário e da viatura, esta última ficou na colecção de Fernando Videira.
Outra das características desta primeira série, além da diferença relativamente à alavanca das mudanças, é o facto de o seu interior (estofos) serem da mesma cor da carroçaria, neste caso cor-de-laranja.
Podemos dizer que a primeira geração do Renault 5 começou em 1972 tendo acabado em 1984. Foi dotado de um motor que também equipava os R4, montado longitudinalmente, com tracção às rodas da frente e com barras de torção, tendo as motorizações variado com a utilização de motores que equiparam outros modelos, além do R4, designadamente os do Renault 8 e do 12, variando as cilindradas entre os 850 e os 1400cc, não esquecendo uma versão turbo comprimida. Refira-se que o Renault 5 nasceu como uma tentativa para ultrapassar a crise do petróleo que se vivia no início da década de 70 tendo sido também comercializado nos Estados Unidos com a designação de «Le Car».
A segunda geração deste popular carro da Renault pode dizer-se que nasceu em 1985 e terminou em 1996, embora a partir de 1990, e já a par do Clio, passasse a ser produzido na Eslovénia, apresentando diversas alterações quer estéticas quer de motorização.

 

Visitar a oficina Videirauto é um regalo para os olhos. Alguns Alfa Romeo 2000 GTV, um Porsche 911, alguns Renault 4, um Fiat 6oo, diversos carros antigos de Bombeiros, onde se salienta um tradicional “pão de forma” ambulância dos anos 60, são algumas das máquinas que por lá se encontram. Bicicletas antigas, quer de marcas nacionais quer estrangeiras, uma tão popular Sachs V5, uma BMW dos anos 40 e uma Confersil Grande Turismo, embelezam também o espaço. O Renault 5 de que falámos está em exposição, junto dessas relíquias mas “entalado” entre a parede e um Land Rover (daí o ângulo das fotos não ser o melhor). Ao seu lado está ainda um Jeep Willys e um MGB cabrio.

E é, precisamente, nos Jeep Willys que os nossos olhos acabam sempre por cair quando se visita a Videirauto pois é lá que muitos dos que circulam por aí, nos diversos passeios, são restaurados, dispondo a oficina de todas as peças necessárias para um restauro “cem por cento original” dessas máquinas que serviram, durante muitos anos, o exército português.
Em Portugal, os primeiros Willys serviram o Exército Português no ano de 1944, tendo equipado as unidades de Cavalaria, designadamente a Escola Prática de Cavalaria em Torres Novas; o Regimento de Cavalaria nº 3 em Estremoz e o Regimento de Cavalaria nº 4 em Santarém tendo, o Regimento de Cavalaria da GNR recebido também alguns. Com a entrada na OTAN muitos outros exemplares desta viatura de tracção às quatro rodas vieram equipar as Forças Armadas Portuguesas.

Veículos que, durante a década de cinquenta e a primeira metade da de sessenta, foram os principais apoiantes da actividade humana nas tropas nacionais, tendo seguido muitos para as diversas ex-colónias portuguesas, inclusive para a Índia, e algumas unidades ficaram ao serviço até início dos anos setenta no Exército em Portugal, bem como nas então colónias portuguesas. Foram sendo substituídos, progressivamente, por outros veículos mais modernos, designadamente as UMM/Cournil e também pelo M-151 «MUTT» (segundo informação do Exército Português, recolhida na Net).
Refira-se que o Willys foi lançado em 1940 pela empresa Willys-Overland que, na época, apresentou o projecto ao exército americano embora a Ford, sob licença da Willys, também os tivesse produzido resultado da falta de capacidade da empresa mãe para responder às encomendas.
Durante a guerra a Willys produziu 362 mil 841 unidades enquanto a Ford produziu 281 mil 448. No total, foram construídos (entre 1941 e 1945) 647 mil 870 veículos. Depois da guerra foram ainda produzidas, pela Willys, mais 346 mil unidades.

 

Ficha Técnica: 

Fabricante: Willys (Estados Unidos da América)
Tripulação: 2+1
Comprimento máximo: 3.33m
Largura: 1.57 m
Altura: 1.77 m
Peso vazio: 1247 kg
Capacidade de carga: 0 kg
Tracção: quatro rodas motrizes
Motor: 442 Go-Devil 2.2 l
Potência: 60cv
Velocidade máxima: 89 km/h
Velocidade em terreno irregular: 35 km/h 
Capacidade: 57 litros
Autonomia máxima: 600 km 

Clube Lotus Portugal

Caros amigos, depois de três meses de actividade praticamente nula do Oldcar’s Blog, voltamos em força com novas coisas sobre as velhas máquinas do nosso encanto com sejam os 50 anos da famosa Renault 4 ou os 50 anos do Jaguar E-Type que abordaremos mais tarde. Só para referir os mais evidentes. Informação sobre as actividades antigomobilisticas para o mês de Fevereiro também está disponível mas em termos de certames o mês de arranque em Portugal é o mês de Março, pelo que só ao lado, em Espanha (Santiago de Compostela e Madrid), há alguma actividade dando assim início a um ano que se mostra pródigo em novos certames.

Mas a finalidade deste post é a divulgação de mais uma associação de entusiastas dos veículos antigos, o Clube Lotus Portugal do qual recebi um simpático mail, que agradeço, assim como agradeço desde já a disponibilização de toda a informação sobre futuras realizações do vosso Clube que entendam por bem divulgar.
O Club Lotus Portugal é formado por um “grupo de entusiastas da companhia fundada por Colin Chapman” e tem como finalidade “fomentar o gosto pela marca” e “prestar ajuda a todos os possuidores de Lotus no país”.
Para se tornar membro do Clube Lotus não é necessário ser proprietário de qualquer exemplar Lotus sendo o Clube “aberto a todos os que se identificam com a marca inglesa e para todos os que desejem saber mais sobre as actividades Lotus no mundo e no nosso país”. Caso seja proprietário de um Lotus, clássico ou moderno, o Clube agradece que contacte “de forma a apresentar-lhe o nosso clube com maior detalhe”.

O Clube tem um “blog” no endereço http://clublotusportugal.com
assim como está também no Facebook: http://facebook.com/clublotusportugal

Eventos Fevereiro 2011

 Pequeno-almoço na Ascari
Porto
Dia 5

A Livraria – Ascari, Porto, realiza mais um dos seus já tradicionais pequenos-almoços, já no sábado, dia 5, tendo como tema o Campeonato Nacional de Clássicos que se realiza em Março próximo. Entre as 10h00 e as 13h00, e em colaboração com a Associação Nacional de Pilotos de Automóveis Clássicos, a Ascari é palco de um encontro que junta amigos e entusiastas com pilotos e organizadores desta prova. Café, bolinhos, filmes, fotos e ilustrações sobre aprova do ano passado, fazem parte do programa que conta também com uma pequena exposição de clássicos nas traseiras da livraria. O clube Racing faz também a apresentação da edição de 2011 do Gentleman Drivers Changing Gears que decorre no dia 19 na pista de Braga. 

Retro Auto – I Salón del Vehículo Clássico y de Época de Galicia
Santiago de Compostela
Dias 18, 19 e 20

O Recinto Feiral de Amio de Santiago de Compostela (Espanha), numa organização da  Eventos del Motor recebe nos dias 18, 19 e 20, o I Salón del Vehículo clássico y de Época. O salão inclui a realização de provas desportivas, concentrações de clubes, e exposição de veículos clássicos e antigos.
Contactos: www.eventosmotor.com

II Salón Internacional Vehículo Clássico de Madrid
Dias 25, 26 e 27

O Recinto Ferial Casa do Campo, de Madrid (Espanha), recebe, no seu Pavilhão de Cristal. Numa organização da ERMEvents, o salão conta com actividades paralelas, designadamente encontros de clubes, exibições desportivas incluindo a apresentação de algumas novidades no sector automóveis.
Contactos: www.classicautomadrid.com